São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 1994
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Livro gerou polêmica nos EUA

DE WASHINGTON

Quando "O Fantasma da Prostituta" foi lançado nos EUA, em 91, a crítica em geral foi favorável e o livro vendeu bem (ficou entre os 20 best sellers por algumas semanas). Mas a resenha que mais interessava, a do "The New York Times", foi arrasadora e provocou polêmica, do tipo que Mailer adora.
Mailer conseguiu convencer os editores do "Times" a publicar resposta de duas páginas à apreciação negativa de John Simon, crítico de teatro da revista "New York". Em geral, o "Times" não dá espaço para autores que não gostam dos comentários sobre seu trabalho.
O "Times" chamou o artigo de Mailer de "carta de leitor". Nunca se viu uma tão longa na história do jornalismo. O fato é que, após uma reunião classificada por Mailer como "transmogrifaccional' (termo nunca explicado) entre ele e os editores, decidiu-se pela publicação da "carta" na capa do caderno.
Mailer disse esperar que Simon não viesse a ter câncer por causa da sua crítica de "O Fantasma da Prostituta", na qual o romance foi classificado de "arbitrário, parcial, um tram
bolho maçante". Simon discordou da decisão de dar a Mailer espaço maior do que ele mesmo tivera para resenhar o livro.
Na sua resposta, Mailer disse que Simon não gosta dele porque uma vez ele escreveu que as suas críticas são tão previsíveis quanto os comentários de um maitre de restaurante sobre os pratos da casa. As relações entre os dois se complicaram ainda mais quando Simon chamou a filha de Mailer, Kate, de "atriz vagabunda".

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