São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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NEW YORKER ; "ARDIL 22"; RUSHDIE

NEW YORKER - Após 68 anos, o semanário norte-americano "New Yorker" muda o seu símbolo. Representando o perfil aristocrático da revista, a figura do personagem Eustace Tilley está sendo substituída pela de seu "bisneto", Elvis Tilley. Elvis é um jovem punk cheio de furúnculos, com um recibo de sex-shop nas mãos e um boné de beiseball vestido ao contrário. Tina Brown, a nova editora, disse que Elvis representa o processo de modernização da revista. Para tranquilizar seus leitores mais tradicionais, Brown assegurou que Eustace volta no próximo ano, para o aniversário de 70 anos da "New Yorker".

"ARDIL 22" - O escritor norte-americano Joseph Heller prepara a continuação de seu mais famoso romance, "Ardil 22" ("Catch 22"). O livro, editado em 1961, ficou célebre por seu humor sarcástico contra a guerra num momento em que os movimentos pacifistas e contrários ao envolvimento dos EUA no Vietnã tomavam corpo. O novo romance, intitulado "Closing Time", será lançado pela editora Simon & Schuster entre os meses de setembro e outubro, e pretende mostrar o destino dos principais personagens de "Ardil 22", Yossarian (alter ego do escritor) e Milo Minderbinder, de volta à vida civil.

RUSHDIE - O Conselho de Ministros da Áustria confirmou ontem que não entregará o Prêmio de Literatura Européia, oferecido pelo país, ao escritor indo-britânico Salman Rushdie. O conselho justificou sua decisão alegando razões de segurança, temendo atentados terroristas de extremistas muçulmanos. Por causa de seu livro "Versos Satânicos", Rushdie foi condenado à morte há cinco anos atrás pelo governo fundamentalista xiita do Irã. A Associação de Autores e o Partido Verde da Áustria condenaram o governo, ridicularizando-o e chamando-o de covarde. O chanceler Franz Vranitzky rechaçou as críticas.

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