São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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Interior de SP esbanja cultura e natureza

ANA MARIA CICCACIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Hospedando-se em Ribeirão, existem várias combinações possíveis dentro do Roteiro Portinari. Acompanhe no mapa ao lado.
Via Arte - Em Brodósqui, no Museu Casa de Portinari, há trabalhos em pintura mural, desenhos, poesias, objetos e móveis que foram do artista; na capela da Nona, figuras bíblicas mostram faces de alguns parentes do pintor. Em Batatais, especial destaque para a decoração mural do altar-mor da igreja matriz Bom Jesus da Cana Verde. É um tríptico onde se vê Cristo no centro, com coroa de espinhos e auréola, ladeado pelos apóstolos e sustentado por dois anjos, guardiões da arca sagrada; o acervo da igreja possui ao todo 21 trabalhos de Portinari.
Altinópolis, há ua galeria de arte a céu aberto, fundada na década de 70, quando o escultor Bassano Vaccarini, hoje com 79 anos e morando em Ribeirão, foi convidado a espalhar suas obras pela cidade. Criou-se na época o Jardim das Esculturas, o primeiro do Brasil.
Nuporanga, próxima a Batatais, no sentido oposto ao de Altinópolis, entra no roteiro por abrigar uma das maiores cachoeiras do Estado, a dos Dourados, distante 15 km do centro urbano.
Rota das Águas - Cajuru oferece cinco cachoeiras, além do Salto do Lambari e da mata da fazenda Santa Carlota, que por sua rica fauna é utilizada pela Universidade de São Paulo para pesquisas científicas. Cassia dos Coqueiros, localizada entre duas serras, tem a queda do Itambé (70 m), cercada de espessa mata que guarda espécies raras da fauna e flora.
Tico-Tico no Fubá - São Simão, cidade natal do gravador Marcelo Grassmann, tem um centro cultural que leva seu nome e ocupa a casa onde passou a infância; exibe exposição permanente de obras do artista; outro atrativo é a praia fluvial do rio Tamanduá, de água e areia brancas.
Santa Rita do Passa Quatro, banhada por cinco rios, é a terra do compositor Zequinha de Abreu, autor da conhecida "Tico-Tico no Fubá". Além da obrigatória visita ao Museu Histórico e Pedagógico Zequinha de Abreu, não dá para dispensar as cachoeiras da cidade: São Valentin, Três Quedas, Major e dos Índios.
Porto Ferreira é a capital da cerâmica artística, tem muitas lojas que vendem o produto; vale a pena um passeio ao antigo porto de embarcações e à ponte metálica.É recomendável visitar estas três cidades no fim ou começo do roteiro. Para quem partir de São Paulo, por exemplo, o melhor é deixá-las para o fim da viagem.
Jet Ski - Igarapava, divisa com o Estado de Minas Gerais, às margens do rio Grande, é boa para prática de jet-ski, passeios de lancha e pesca. Tempos atrás, a imagem da padroeira da igreja de Santa Rita, de estilo barroco, foi notícia nacional por supostos milagres: suas lágrimas curariam enfermos.
Ituverava, banhada pelo rio do Carmo, em cuja margem fica o parque Recreio Municipal, o principal ponto turístico da cidade, tem uma bela queda-d'água e vários pontos de recreação.
Miguelópolis é ideal para o lazer. Na falta de dons naturais, a cidade construiu uma praia artificial, a prainha, que hoje atrai turistas para os esportes náuticos, passeios de barco, pescaria e churrascos à sombra de quiosques.
Trilhas e Trilhos - Pedregulho tem termas de águas quentes, belas serras e grutas; o passeio no trem turístico percorre o parque ecológico e a serra de Igaçaba.
Rifaina, importante pólo turístico às margens do lago formado pela hidroelétrica de Jaguara, tem praias bem-cuidadas, boas para banhos e esportes náuticos. (Ana Maria Ciccacio)

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