São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994 |
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MEC estuda pagamento a empresas com irregularidades nos contratos
ELVIS CESAR BONASSA
O ministro da Educação, Murílio Hingel, prestou serviços para o projeto dos Ciacs (Centros Integrados de Atenção à Criança, atuais Caics) antes de chegar ao ministério, através da JL Consultoria. Ele disse ontem que o pagamento está suspenso até análise da auditoria. A JL foi contratada para o programa dos Ciacs, em abril de 1992. Uma das indicações partiu de Cleto de Assis –que resistiu à mudança de governo e ocupa hoje o cargo de coordenador do projeto. Uma carta de Cleto de Assis ao então ministro Alceni Guerra recomendava a contratação da JL, ainda em 91, quando o projeto estava sob a coordenação daquele ministério, ante de passar para a Educação e depois para a Presidência. No ano passado, o ministro retribuiu a "gentileza". Cleto de Assis se insubordinou em relação ao secretário executivo do MEC, Rubens Vianello, teoricamente seu superior imediato. Hingel preferiu manter Cleto e deixar Vianello sair do ministério. Hingel afirmou que "assessoria é uma coisa absolutamente normal. Eu não me preocupei em saber de que forma a JL tinha sido contratada pelo governo". no mesmo caso está a Master, empresa de comunicação contratada para fazer propaganda sobre a inauguração de dois Ciacs no início de 92. Pela progaganda, a Master cobrou US$ 2 milhões –o suficiente para construir outros dois Ciacs. Texto Anterior: Conselho do MP pede o fim dos superpoderes do procurador-geral Próximo Texto: Fundador da FGV é enterrado no Rio Índice |
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