São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 1994
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Congresso não aceita o reajuste pela média

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Fernando Henrique Cardoso foi alertado ontem pelos líderes de todos os partidos governistas de que, com a criação da URV (Unidade Real de Valor), o Congresso não apóia o reajuste dos salários pela média dos últimos quatro meses. O líder do PMDB, Tarcísio Delgado (MG), disse que sua bancada "votará contra qualquer arrocho salarial".
"Os salários só podem ser reajustados pela média se os preços também forem rajustados pela média. Não se justifica uma coisa sem a outra", disse Delgado logo após o almoço dos líderes governistas com o ministro. O reajuste pela média dos salários foi um dos assuntos do almoço, programado para discutir a votação hoje do FSE (Fundo Social de Emergência). Foi unânime a crítica ao reajuste pela média
FHC repetiu o mesmo argumento que havia utilizado durante café da manhã com a cúpula do PFL na casa do líder do partido no senado, Marco Maciel (PE): feita a média, se o valor for abaixo do valor nominal do salário no mês da implantação da URV, a conversão será feita com base neste último valor. "Esta situação seria mais aceitável para a bancada", respondeu Delgado durante o almoço.
Segundo o senador José Fogaça (PMDB-RS), o PMDB só irá votar a favor da medida provisória que cria a URV se identificar no plano uma "política de rendas consistente".

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