São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994 |
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Suíços desenvolvem nova vacina contra hepatite A
CLAUDINÊ GONÇALVES
Livre de alumínio, seria a primeira 'biodegradável' A primeira vacina "biodegradável" contra a hepatite A será comercializada em um prazo de 3 a 6 meses. Concebida e testada no Instituto de Soroterapia de Berna, a Epaxal não contém alumínio, presente em outras vacinas, que o organismo não consegue eliminar. "Usamos o invólucro do vírus da gripe como se fosse a casca de um ovo e, dentro dele, colocamos a vacina", explicou à Folha Reinhard Gluck, que publicou seus resultados na revista "The Lancet". O "ovo" reconstituído –chamado virossoma– é facilmente identificado pelas células imunitárias, porque o vírus da gripe é comum e porque seu invólucro é dez a vinte vezes maior que a vacina. No organismo, ele ativa defesas contra a hepatite A. "É o princípio do Cavalo de Tróia", diz Gluck. A técnica do virossoma está sendo testada também em vacinas contra a hepatite B, a difteria e o tétano. Para chegar ao Epaxal, a equipe de Gluck trabalhou oito anos. A vacina foi testada na Suíça, na Tailândia, no Chile e na Alemanha, em um investimento de quase US$ 20 milhões. A dose, única, da vacina deve ser comercializada por cerca de US$ 25. Desde 1991, há no mercado uma vacina belgo-americana contra a hepatite A, à base de alumínio, que pode provocar reações no organismo. Texto Anterior: EUA exigem reconhecimento de patentes do exterior Próximo Texto: FSE é aprovado; governo tenta a promulgação hoje Índice |
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