São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Associação vai reunir brasileiras na Suíça

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A nutricionista baiana Tânia Quaglio de Souza, 42, está organizando na Suíça uma associação para ajudar mulheres brasileiras que residem no país e são casadas com europeus.
Segundo ela, a associação vai cadastrar todas as mulheres brasileiras casadas com suíços. "Vamos orientar também as solteiras que chegam à Europa sonhando com uma vida tranquila." Tânia disse que a associação vai emprestar livros e revistas, fazer um programa em uma emissora de rádio e elaborar um jornal mensal.
Casada com um engenheiro suíço, Tânia trabalhava em um órgão público quando conheceu seu marido em Berna. "Fui trabalhar em um restaurante brasileiro na Suíça há dois anos e me apaixonei." Na época, Tânia era divorciada e morava com seus dois filhos –um com 20 e outro com 17 anos.
Segundo a nutricionista, a maior dificuldade enfrentada pelas brasileiras é o domínio do idioma. "Temos também de enfrentar o preconceito das mulheres européias em relação às brasileiras", disse.
Para ela, a "alegria e sensualidade" das brasileiras cativam os europeus. "Muitas mulheres também vão morar na Europa porque não encontram nenhuma perspectiva para melhorar a vida no Brasil. O salário médio de uma garçonete na Suíça é de mil dólares, uma fortuna se comparado com o salário mínimo brasileiro."
Tânia afirma que os europeus buscam no Brasil "uma mulher para trabalhar em casa". Segundo ela, as brasileiras precisam tomar muito cuidado para não serem enganadas nas agências de casamento. "É preciso conhecer muito bem o futuro marido antes de aceitar a proposta de morar na Europa."

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