São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Como é a operação coqueluche
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
A unanimidade é tamanha que, a cada dia, fica mais difícil realizar esta operação. É que os bancos parecem pouco dispostos a pegar recursos indexados ao IGP-M e correr o risco de não ter para quem emprestar. É pacífico que a URV será atrelada ao dólar. Logo, para alguns operadores, uma forma de o governo empurrar a inflação para baixo é segurar o dólar. Assim, as empresas que estão assumindo dívidas em dólar seriam beneficiadas, porque captaram dinheiro barato. Mas que o dólar acompanhe a inflação, os juros em cruzeiros reais ou ficarão no patamar atual (elevado) ou sobem mais. A aplicação de recursos atrelada ao IGP-M é uma aposta em que se procura ganhar dinheiro com a inflação passada. No momento da virada para a nova moeda, a inflação tende a cair mais bruscamente e os índices privados (caso do IGP-M) só devem captar essa queda dos preços mais à frente. (João Carlos de Oliveira) Texto Anterior: Bancos começam adaptação já amanhã Próximo Texto: Plano FHC faz dinheiro buscar novos refúgios Índice |
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