São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Mercado de aluguel pára à espera da URV
TELMA FIGUEIREDO
Para o presidente do Secovi, a expectativa do mercado é positiva em relação à conversão dos contratos do setor para URV. Para Yazbek, como o mercado é caracterizado por contratos de longo prazo, é importante a adoção de um indexador como a URV, que deve refletir a variação cambial. Segundo o presidente, o movimento de compra e venda não foi afetado até quinta-feira, quando o governo ainda não havia definido regras para a conversão em URV. Yazbek explica a tranquilidade do Secovi "pelas garantias dadas pelo ministro". Ele afirma que, representando o sindicato, encontrou-se com Fernando Henrique Cardoso no último dia 9, em Brasília, quando o ministro assegurou que o governo não tomará medida de força que possa desequilibrar os contratos, especialmente aqueles regidos pelo longo prazo. "Nessa primeira fase, o ministro garantiu que a adesão da URV aos contratos já existentes será espontânea e voluntária", diz Yazbek. Já Eduardo Zaidan, 42, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP (Sindicato da Construção Civil), diz que a entidade se preocupa com uma possível imposição pelo governo de um prazo de conversão dos contratos em cruzeiros reais para URV. "Não é possível fazer essa passagem sem uma negociação ampla entre as partes. Com um prazo apertado, alguns setores de matérias-primas para construção civil onde há monopólios, pode se forçar a conversão pelo pico do preço e não pela média", diz Zaidan. Texto Anterior: Juros podem tornar a compra mau negócio Próximo Texto: Preços altos prejudicam opção por locação Índice |
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