São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Entenda o que é a ressonância magnética

DA REPORTAGEM LOCAL

A ressonância magnética é um método usado para produzir imagens do interior do corpo humano ou de outros seres vivos. Essas imagens são montadas em um computador a partir de sinais emitidos pelos núcleos dos átomos de hidrogênio presentes nas moléculas de água –que constituem 75% do organismo humano.
Em exames clínicos, o paciente é colocado em um aparelho e submetido a um forte campo magnético. O campo alinha os núcleos dos átomos de hidrogênio, como se fossem ponteiros de uma bússola.
Depois disso, emite-se uma onda de radiofrequência característica. A onda leva os átomos a um estado de excitação –é esse o fenômeno da ressonância. Interrompida a onda, o núcleo volta a ficar alinhado com o campo magnético. Mas, no instante de relaxamento, ele libera um sinal que pode ser captado por bobinas –que funcionam como antenas.
A partir da intensidade desses sinais é possível, no computador, reconstituir uma imagem das regiões do corpo de onde eles foram emitidos. As imagens podem ser feitas de qualquer plano ("fatia") do corpo. As distinções que podem ser traçadas em cada imagem vêm das variações na concentração de água e de outras substâncias nos diversos órgãos e tecidos.
Através das imagens é possível diagnosticar doenças –como a presença de tumores– e deformações, por exemplo. A ressonância faz um retrato detalhado do interior do organismo sem causar danos como um exame de raios X.
Para realizar as imagens dos embriões, foi utilizado um contraste na marcação das células. O contraste induz um sinal caracteristicamente diferente do resto. O tamanho da molécula escolhida para o contraste foi grande o bastante para impedir que ela atravessasse a membrana celular e passasse de uma célula para outra. Assim, o contraste é transmitido apenas para os descendentes da célula original. A melhor resolução das imagens foi conseguida graças a um aumento na intensidade dos campos magnéticos e das ondas. (HGz)

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