São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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"Fiquei 100%", diz brasileira

JAIRO BOUER

Especial para Folha
"Voltei ao normal em dois meses". A afirmação de Maria Cristina Gottssritz, 29, proprietária de uma loja de moda em São Paulo reflete o efeito do Prozac em uma depressão intolerável no final do último ano.
Após uma temporada de dois anos na Espanha, Cristina desembarcou no Brasil em 1993 disposta a reorganizar sua vida. "Não consegui. Uma tristeza profunda e uma insegurança me paralisaram. O relacionamento ia mal, o lado profissional não engatava e eu estava péssima. Sentia que fazia tudo por obrigação. Não conseguia gostar de mim".
Ela lembra que na adolescência passou por fases ruins mas nunca tinha ficado tão mal por tanto tempo. Resolveu procurar uma terapia. "A psiquiatra logo percebeu que eu estava deprimida e recomendou o uso do Prozac. Nem pensei em tentar outro medicamento".
Cristina diz que durante o tratamento melhorou gradualmente. Recuperou sua capacidade de concentração (que estava bastante prejudicada pela depressão). Teve boa adaptação ao remédio e agora está em período de manutenção. "Melhorei muito. Acho que saí dos 20% para os 100% sem ter nenhum daqueles mil efeitos colaterais que vêm escritos na bula", diz.
(JB)

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