São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Anistia se diz 'preocupada'
CLAUDIO GARON
A Anistia Internacional questionou a escolha do equatoriano José Ayala Lasso para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos antes mesmo de sua confirmação. Em 27 de janeiro último, a organização de defesa dos direitos humanos enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, o egípcio Boutros Boutros-Ghali, expressando suas preocupações. Ayala Lasso foi ministro das Relações Exteriores do Equador entre 1977 e 79, período no qual, diz a Anistia, violações de direitos humanos ocorreram no país sul-americano. Segundo a Anistia, "a escolha de uma pessoa que pode ser vista como não preenchendo todos os requisitos para o posto pode pôr em perigo o sucesso dessa nova iniciativa" (a criação do Alto Comissariado). Sobre Ayala Lasso, a Anistia Internacional considera incompatível com o posto a nomeação de uma pessoa que exerceu cargo importante em um governo envolvido com violações de direitos humanos. Diz a Anistia que o alto comissário deve ser, e ser visto como, alguém acima de qualquer suspeita e não ter nenhum tipo de ligação, direta ou por associação, com violações dos direitos humanos passadas ou presentes. Apesar de questionar a nomeação de Ayala Lasso, a organização de defesa dos direitos humanos já premiada com o Nobel da Paz, reconhece a importância do diplomata equatoriano na criação do Alto Comissariado para os Direitos Humanos. Texto Anterior: Alto comissário diz que recebeu condolências Próximo Texto: Centenário do caso Dreyfus reabre debate Índice |
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