São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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França vive onda editorial

FERNANDA SCALZO
DE PARIS

Mal começou o ano de 1994 e o mercado editorial francês já se agita em torno do centenário do "affaire Dreyfus". As livrarias abrigam edições e reedições para os novatos e os que querem se aprofundar no tema (leia quadro abaixo, à esquerda). Entre as novidades, está a biografia do historiador americano Michael Burns, "Histoire d'une Famille Française, les Dreyfus", que a partir deste exemplo traça a história dos judeus na França do período da emancipação (1791) à Segunda Guerra Mundial.
A editora Gallimard lança a coletânea "La France de l'Affaire Dreyfus", que traz artigos de 15 historiadores franceses e é organizada por Pierre Birnbaum. Ainda entre as novidades, o ensaio de Jean Doise, "Un Secret Bien Gardé - Histoire Militaire de l'Affaire Dreyfus", que tenta provar que o caso todo não passou de uma "armação" do serviço de informação francês, que estaria tentando com falsas informações despistar o inimigo alemão. Segundo Doise, Esterhazy também teria sido um "inocente útil".
Entre as reedições, uma reatualização do "L'Affaire", de Jean-Denis Bredin, ou o diário de Alfred Dreyfus durante seus anos de prisão, "Cinq Années de Ma Vie", ou ainda a obra de Léon Blum, "Souvenirs sur L'Affaire", publicada em seguida à morte de Dreyfus, em 1935, e agora reeditada. Foi reeditado também o ensaio do editor Pierre Victor Stock, um dos primeiros a defenderem o capitão Dreyfus da acusação de traição à pátria. (FS)

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