São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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A medida encharcada Quarenta e oito horas antes da publicação da medida provisória da URV, Fernando Henrique Cardoso convocou seus secretários e uma dezena de técnicos de outros ministérios para repassar a proposta ponto por ponto. Embora os trabalhos fossem exaustivos, o ambiente era de camaradagem. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Clóvis Carvalho, cuidou para que o clima não fosse contaminado pela tensão do encontro entre ministros e o presidente Itamar Franco, no Planalto. E aí sobraram piadas. A de maior sucesso envolveu o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Luciano Patrício. Sentado à mesa de reuniões, Patrício, por duas vezes, derrubou copos de água sobre documentos da medida provisória. O texto foi salvo por um diligente garçom, a postos com uma toalha nas mãos. Terminada a reunião, os técnicos conversavam com jornalistas: – Eu vi o plano fazendo água –brincou um deles. Um outro, porém, se apressou em corrigi-lo: – Mas você não viu nada. O povo surgiu para enxugar a liquidez. Texto Anterior: Procuradora diz que Rossi é o responsável por irregularidades Próximo Texto: A ameaça dos aliados Índice |
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