São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994
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Ninguém foi punido pela invasão do presídio

DA REPORTAGEM LOCAL

Há exatos 17 meses, 362 policiais militares invadiam o pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo para colocar fim a uma rebelião iniciada horas antes, após uma briga entre dois detentos. Ao final da operação, 111 presos estavam mortos e 108 feridos, no episódio mais sangrento da história carcerária brasileira. O julgamento dos 120 policiais acusados de homicídio e lesões corporais deve começar em 1995 –o inquérito já tem mais de dez mil páginas.
O governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, e o então secretário de Segurança Pública, Pedro Franco de Campos, foram isentados de culpa nas investigações oficiais.
Os comandantes da operação policial foram deslocados para funções administrativas, se aposentaram e alguns foram promovidos por mérito.
O inquérito instaurado pela PM concluiu que houve "excessos", mas que não há como apontar responsáveis –os policiais admitiram ter "atirado no escuro" contra os detentos. Ninguém foi punido.

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