São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994
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Empresas estudam forma de conversão

DA REPORTAGEM LOCAL

Na área de saúde, tanto os hospitais quanto as empresas de medicina de grupo, planos e seguros já estão analisando a forma de converter os valores dos contratos antigos para URV. Ontem, as diretorias de várias empresas procuradas pela Folha estavam reunidas estudando o assunto.
Com relação aos contratos novos, a questão parece estar definida. Segundo a Abramge (Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo), todos os contratos assinados a partir do próximo dia 15 utilizarão a URV como indexador, de acordo com as regras da MP 434.
Os hospitais parecem estar interessados em converter seus preços para URV o mais rápido possível. É preciso lembrar, porém, que isto não pode ser feito de forma unilateral. Quando há convênio com planos ou seguros de saúde, a mudança depende de negociação entre as partes, de acordo com o artigo 7 da MP que instituiu a URV.
O hospital Sirio Libanês, por exemplo, pretende que todos os seus preços estejam expressos em URV até o próximo dia 10. A forma de conversão ainda não está definida, disse ontem Walther Cestaro, gerente financeiro da instituição.
Já André Staffa Filho, diretor financeiro do hospital São Luiz, afirmou que a conversão de seus preços de cruzeiros reais para URVs só será feita após negociação com as empresas conveniadas. "98% dos nossos clientes são associados de planos e seguros-saúde, com os quais temos contratos cujas regras não podem ser alteradas unilateralmente. Vamos negociar com as empresas antes de fazer a conversão", disse ele.
As empresas que operam com seguro-saúde esperam uma manifestação da Susep (Superintendência de Seguros Privados), responsável pela normatização do setor, para efetuar a conversão. A diretoria do Hospitaú estava reunida ontem estudando o assunto.
Com relação aos novos contratos, feitos a partir de 15 de março, as seguradoras também irão cumprir a MP: serão expressos em URVs, segundo Ricardo Saad Afonso, da Saúde Bradesco.

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