São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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Negociações são complicadas
HUMBERTO SACCOMANDI
O uso de uma pasta de tabaco, que os suecos chamam de "snus", é um dos hábitos mais difundidos no país, comum entre homens e mulheres. As leis européias restringem, porém, o consumo desse produto. A integração dificilmente seria aceita pelos suecos caso eles tivessem que abandonar o "snus". Foi preciso uma cláusula especial para a Suécia, por razões culturais. A Áustria ainda estava negociando ontem à noite o direito de manter restrições ao tráfego de caminhões em suas estradas alpinas. A entrada para a CE faria aumentar o tráfego, já que o país se encontra entre Itália e Alemanha, dois dos maiores parceiros comerciais europeus. A UE ofereceu uma carência nde três anos renovável. Os austríacos querem manter as restrições até 2004. O principal problema envolvendo a Finlândia era o subsídio à agricultura. O país argumenta que as condições climáticas e a grande distância dos mercados tornam a ajuda necessária, senão a agricultura se tornaria inviável. Não se sabem os detalhes do acordo. O caso norueguês é mais complicado. A pesca é um das principais atividades econômicas do país. A UE impõe quotas de pesca, que Oslo não aceita. O maior problema para a filiação, porém, ainda está por vir. Pesquisas de opinião pública indicam que a integração à UE ainda não tem apoio de uma maioria considerável dos habitantes desses quatro países. Até o fim do ano eles deverão realizar plebiscitos a respeito e o risco de rejeição é grande, especialmente na Suécia e na Noruega. (HuSa) Texto Anterior: Suécia e Finlândia acertam com UE Próximo Texto: Cai no Senado emenda contra déficit nos EUA Índice |
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