São Paulo, sábado, 5 de março de 1994 |
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PF quer que empresas envolvidas não participem de concorrências
MÁRIO SIMAS FILHO
Entre as empresas que contribuíram irregularmente com as campanhas políticas do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, em 1990 e 1992, por intermédio da Paubrasil, estão as principais empreiteiras do país: Andrade Gutierrez, Badra, Constran, CBPO, Mendes Júnior, Schahin Cury, OAS etc. Os empresários já ouvidos pelo delegado Eldo Saraiva Garcia admitiram ter dado dinheiro às campanhas malufistas. Eles afirmaram que receberam notas fiscais frias da Paubrasil para justificar as doações. Segundo a PF, está caracterizado crime de sonegação fiscal. Medida semelhante foi tomada pela Procuradoria da República no caso PC. Em primeira instância, o Ministério Público Federal conseguiu liminar proibindo a participação das empresas acusadas de envolvimento no esquema PC em concorrências. Esta semana, o Tribunal Regional Federal de Brasília cassou a liminar. A questão ainda não foi julgada definitivamente. Ontem, a Folha procurou ouvir os empresários envolvidos no caso Paubrasil. A maioria afirmou que só tomará posição quando a empresa for notificada oficialmente. A assessoria de imprensa da Badra afirmou que a pretensão da PF não tem fundamento, pois a empresa sequer foi indiciada em inquérito. Texto Anterior: Supremo não dispõe de provas para punir Collor por corrupção passiva Próximo Texto: Quércia depõe no STJ e acusa adversários Índice |
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