São Paulo, domingo, 6 de março de 1994 |
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Acordo sobre revisão divide bancada
EMANUEL NERI
A resistência de parte da bancada fez com que o Diretório amenizasse os termos do acordo aprovado ontem sobre a questão da comissão. O texto fala apenas de uma ação conjunta entre a Executiva e a bancada para evitar casuísmos no processo de revisão. A reunião começou às 13h de ontem e só vai terminar hoje. Pelo acordo, ficou decidido que o PT divulgará nota condenando o "casuísmo" do Congresso revisor. A participação da bancada se limitará a trabalhos de obstrução. O líder do PT na Câmara, José Fortunati (RS), defendeu a comissão que acompanhará os trabalhos dos parlamentares. "Não queremos autonomia que passe por cima do partido", afirmou Fortunati. Genoino disse que a criação da comissão fiscalizadora é uma "intervenção branca" da direção do partido sobre os trabalhos da bancada. "Não aceito esse tipo de acompanhamento. Vai ser ridículo". Para Genoino, o caminho correto é o PT decidir sua posição sobre a revisão e a "bancada cumprir e prestar contas ao partido". O deputado Hélio Bicudo (SP) e o prefeito de Porto Alegre (RS), Tarso Genro, também discordaram da comissão fiscalizadora. "Não sou muito chegado a esse negócio de fiscalização", disse Bicudo. "A bancada nunca saiu das linhas de atuação partidária", disse. "Está havendo extravasamento de competências", declarou Genro. O acordo para liberar a bancada foi estabelecido depois que a direção petista concluiu que o veto estava causando desgastes à candidatura de Lula à Presidência. O acordo foi firmado entre Lula, o vice-presidente petista Rui Falcão, que lidera a ala radical do partido, e o líder da bancada, José Fortunati. A Executiva petista também analisou os termos do entendimento. Mas a palavra final ia ficar por conta do Diretório Nacional do PT. Texto Anterior: Empresários aprovam iniciativa Próximo Texto: Ex-radical ataca 'jurássicos' do partido Índice |
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