São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Infestação de cupins atinge 170 árvores nos Jardins

PAULO SILVA PINTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O bairro dos Jardins, um dos mais arborizados de São Paulo, está sendo atingido por um inimigo que come suas tipuanas há cerca de dois anos: o cupim. Desde o Carnaval estão sendo cortadas 23 árvores nas ruas Bela Cintra, Oscar Freire, Haddock Lobo e Consolação (zona oeste de São Paulo). Apenas duas árvores dessas ruas estão em condições de ser tratadas. Outras 145 devem ser podadas.
As tipuanas, com sua madeira mole, estão entre os pratos prediletos dos cupins. Chegam a atingir 13 metros –o que aumenta o risco de ocorrerem estagos no caso de elas caírem. "Não são boas para arborizar as ruas estreitas dos Jardins", diz a agrônoma Rosa Menegalli, 32, do Departamento de Parques e Jardins da Administração Regional de Pinheiros. No lugar das árvores que estão sendo tiradas serão colocadas resedás rosas, com flores cor-de-rosa, que chegam a no máximo seis metros.
Segundo Menegalli, teria sido possível salvar as árvores dos Jardins se elas tivessem sido tratadas antes. Mas há apenas duas equipes para fazer a avaliação e poda em toda a região. Além disso, a ação dos cupins não sua denuncia sua presença: eles só são perceptíveis quando quase toda a árvore está comprometida e começam a aparecer buracos no tronco.
Quem suspeitar de que há cupim em uma árvore em frente à sua casa pode informar a administração regional da prefeitura responsável pela região. Em Pinheiros e nos Jardins, o telefone do Núcleo de Atendimento ao Público é 211-6263.
Quem achar cupim em uma árvore dentro de casa deve ligar para o mesmo número. Neste caso a prefeitura não realiza o serviço de tratamento nem de remoção. Mas faz o diagnóstico e autoriza a remoção, se for necessária. Sem isso, é proibido cortar a árvore, que, mesmo dentro de casa, é considerada patrimônio público.
A prefeitura reembolsa prejuízos causados pela queda de uma árvore se ficar provada negligência –falta de poda ou deterioração por cupins. Basta entrar com um processo na administração regional, onde devem ser apresentados boletim de ocorrência registrando o acidente, três orçamentos de conserto e fotografia do objeto danificado com a árvore em cima –se possível mostrando seu mal estado de conservação.

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