São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Volta a setor privado exige cuidado na escolha de objetivo

DA REDAÇÃO

Profissionais que passaram alguns anos fora do mercado de trabalho devem ser realistas e não acreditar que, de repente, vão conseguir recolocação compatível com o último emprego. A mesma regra vale para quem prestou concurso público e pensa em voltar para a iniciativa privada.
"Quando a função exercida no setor público não tem similar em empresas privadas, a adaptação é mais complicada", afirma Oswaldo Luiz Donatelli, 51, sócio da Potencial Consultores em RH, que avaliou o currículo do advogado Jorge Antonio da Mota, 43. Ele trabalhou 21 anos na iniciativa privada, passou os últimos quatro anos como oficial de Justiça e pretende deixar o serviço público.
"Ele terá que avaliar as funções para as quais pode se oferecer e dar mais consistência ao currículo", avisa. Para isso, deve reavaliar o cargo desejado e evitar se colocar como um "generalista". Uma estratégia que pode ajudar é colocar apenas que trabalhou no Tribunal de Justiça de São Paulo –sem mencionar o cargo, que não tem similar no setor privado.
Outra sugestão é "limpar" o currículo de informações como: motivos de saída de empregos anteriores, cursos que não tenham afinidade com a atividade pretendida, os itens "Áreas de Maior Domínio Profissional" e "Objetivo Profissional" e os auto-elogios.
Segundo o consultor, os salários –último e pretendido– também não devem ser mencionados para mostrar uma postura flexível à negociação. Apontar uma quantia desejada 100% maior, em dólar, que a última remuneração "é uma atitude que certamente levará à sua eliminação" como candidato.
Leitores podem enviar seus currículos, que serão selecionados exclusivamente para análise por consultores e publicação nesta seção, para Caderno Empregos – Seção "Seu Currículo" – al. Barão de Limeira, 425, 4.º andar, CEP 01290-900, São Paulo, SP. A Redação considera que o autor do currículo consente com a publicação parcial ou total das informações nele contidas.

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