São Paulo, sábado, 12 de março de 1994
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Para Barelli, não há perda

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro do Trabalho, Walter Barelli, afirmou que o plano de estabilização econômica do governo não acarretará perdas significativas para os assalariados. "Não haverá perdas, e se houver será para poucas categorias. E aí estará aberta a época para as negociações, porque a MP não engessa a negociação."
"A maioria das categorias vai ter uma surpresa quando receber seus salários", disse Barelli, que participou ontem, no Rio do 31º Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho. Para o ministro, deverá haver "algum problema" apenas para "o pessoal que está no chamado grupo C", que teria reajustes pelo pico em março.
O presidente da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Francisco Canindé Pegado, que também participou do fórum, disse que, segunda-feira, as centrais sindicais (CGT, CUT e Força Sindical) se reúnem com o presidente Itamar Franco, para apresentar estudos –de sindicatos e do Dieese– que comprovariam perdas salariais com a introdução da URV. Dependendo da categoria, essas perdas seriam de 6% a 30%.
Barelli afirmou que, na próxima semana, as três centrais sindicais vão pressionar as negociações entre o governo e a Comissão Mista do Congresso que analisa a MP que instituiu a URV. A MP deverá ser votada até 29 de março. Segundo Pegado, uma greve geral poderá ser convocada.

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