São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994 |
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Desconfio da identidade alemã, diz Frido Mann
DANIEL PIZA
Mann contou que nasceu em Vancouver (Canadá) e logo foi levado para a Califórnia (EUA), durante o exílio de seu avô. "Pertenço ao grupo dos perseguidos", disse, "então sempre tive dificuldade em saber o que era a identidade alemã." Ainda criança foi estudar na Suíça, e é cidadão suíço até hoje. "Vivo há tempos na Alemanha, sou casado com alemã, mas tenho muitas limitações sobre a Alemanha." E, claro, Mann lembrou sua bisavó brasileira. Mann fez anteontem o lançamento do livro "Cartas e Esboços Literários", de Julia Mann, e também autografou exemplares de "Minhas Memórias Inescritas", de Katia Mann (mulher de Thomas), publicado em 1992 também pela Ars Poetica. Sobre sua visita ao Brasil, em que pesquisa as origens de sua família para escrever seu próximo romance, Mann disse ter sentido que o país "também vive uma crise de identidade". Para ele, a América Latina sempre soou como o continente do século 21, mas pelo que viu no Brasil o futuro não é tão próspero assim. As impressões anteriores sobre a América Latina foram colhidas por Mann na obra de escritores como Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e Isabel Allende –os quais, lembrou, foram revelados pela Feira de Frankfurt, a mesma que homenageia o Brasil este ano. (Daniel Piza) Texto Anterior: PSDB e PFL ressuscitam Aliança Liberal Próximo Texto: John Mayall toca em SP no final do mês Índice |
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