São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Médica não comenta acusação

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

No Hospital Universitário, localizado em Trindade, bairro de classe média de Florianópolis, ninguém fala sobre as circunstâncias que envolveram a morte de Sandra Geraldo. Impera a lei do silêncio também quando se trata da médica Zelita Silva de Souza. Alguns funcionários dizem que sequer a conhecem.
A médica é conhecida no hospital como "a única do Brasil que é testemunha de Jeová". Por isso, pacientes de todo o país que são adeptos da religião a procuram para "tratamentos alternativos". Sobre quais são estes tratamentos, sabe-se que a médica cuida dos pacientes que não aceitam transfusão com remédios importados, pagos pelos adeptos.
Segundo colegas de hospital, ao defender a religião e a proibição às transfusões de sangue, ela costuma dizer que "sangue é sagrado, é vida, e a vida só Deus pode dar e tirar". O marido de Zelita de Souza, Carlos, disse ontem para à Folha por telefone que a médica decidiu não falar sobre o assunto.
Seu advogado, José Manoel Soar, que também é Testemunha de Jeová, segundo a polícia, não foi localizado.

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