São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Manifesto pede golpe de estado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Itamar Franco decidiu entrar em confronto com o Legislativo e o Judiciário pressionado por um manifesto, assinado por militares da reserva, que pede um golpe de Estado no Brasil. O documento prega o fechamento do Congresso e a substituição dos atuais membros do Judiciário, inclusive do STF.
Assinado pelo "Grupo Guararapes", o manifesto foi dirigido ao presidente Itamar. O Ministro-chefe da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Mário César Flores, foi o portador do documento.
Oos militares propõem que Itamar "denuncie" à nação a "falência do sistema representativo e popular brasileiro", feche o Congresso e convoque eleições em 60 dias. Desta eleição, segundo o manifesto, não poderiam participar os atuais congressistas.
A reunião de sexta-feira foi pedida pelos militares para tentar dar uma resposta à insatisfação das tropas com os aumentos salariais do Legislativo e do Judiciário.
O ministro-chefe da SAF (Secretaria de Administração Federal), Romildo Canhim, confirmou à Folha que "os ministros militares pressionaram pela reunião porque queriam transmitir ao presidente os problemas com a tropa".

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