São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Ação do governo é limitada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A mobilização do governo sobre o Legislativo e o Judiciário serve apenas para pressionar o Senado a barrar o aumento dos salários dos parlamentares, já aprovado na Câmara. Assessores da própria AGU (Advocacia Geral da União) admitiram ontem à Folha que não tem instrumento jurídico para "reverter a situação".
O ministro-chefe da Secretaria da Administração Federal, Romildo Canhim, admitiu que a "questão do aumento de 23,66% para os deputados, o governo espera barrar no Senado". O líder do governo no Senado, Pedro Simon (PMDB-RS), disse ontem que Itamar estuda três hipóteses para não conceder aumento salarial aos ministros do STF: edição de uma nova medida provisória, anulação da reunião do STF e um recurso ao próprio STF contra o aumento.
"Há um esforço grande do governo para arrumar a economia e o sacrifício deve ser compartilhado em todos os seus estamentos", disse ontem o ministro da Justiça, Maurício Corrêa. Corrêa classificou a crise entre os três poderes de "tensa, grave e séria" e disse que o próprio teor da nota presidencial demonstra essa preocupação. "As soluções precisam vir –e virão– pela ordem jurídica", disse.

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