São Paulo, domingo, 20 de março de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Micro a caneta 'liga' profissional ao mundo
MARIA EDICY MOREIRA
Essas características fazem dos novos micros o par perfeito para outra tecnologia emergente: a comunicação multimídia (integração de voz, textos e imagens) por meio das superestradas de comunicação que estão sendo "construídas" nos EUA e ao redor do mundo. Utilizando fibras ópticas, permitirão aos usuários de micros de mesa, notebooks (micros portáteis) e PDAs receberem em seus equipamentos textos, jogos eletrônicos e até canais de TV interativa. Apostando nessa tendência, a empresa de telecomunicações AT&T produziu um vídeo com protótipos de micros pessoais para mostrar como será o escritório do futuro. Na fita, o monitor dos micros de mesa se transforma em uma tela de cristal líquido plantada verticalmente sobre uma base abaloada. Duas mulheres em cidades diferentes usam a máquina para uma videoconferência. Vêem as imagens uma da outra, falam em idiomas diversos e o micro traduz simultanamente. O PDA aparece como companheiro inseparável de quem trabalha nas ruas: executivos, técnicos e vendedores. O poder de comunicação dos PDAs já fez a BellSouth, empresa de telefonia norte-americana, inverter o processo. Seu Simon, criado pela IBM, é um telefone celular com recursos de PDA, em vez da dupla PDA com telefone. Apesar de fazerem muito barulho, os atuais PDAs –Newton, da Apple, Simon, da IBM/BellSouth, EO, da AT&T/EO, e Zoomer, da Radio Shack- são mistério para muitos usuários, como Frederico Bernardo Mesnik (veja texto ao lado), que ainda está descobrindo sua máquina. Eles têm de superar também as limitações dos PDAs para reconhecer a escrita. Mesmo assim, a sensação que causam entre usuários e na indústria mostra que os novos micros vieram para ficar. A empresa de consultoria e planejamento estratégico Gartner Group, dos EUA, estima que até 1997 serão vendidas 12 milhões dessas maquininhas em todo o mundo. O interesse de grandes fabricantes –como IBM, Apple, AT&T, Microsoft e Compaq– trará ao mercado tantos modelos e inovações que em breve os atuais PDAs parecerão os avós das próximas gerações. Explorando uma zona cinzenta entre as agendas eletrônicas e os notebooks, os PDAs criarão novos mercados para a informática, além de ficar com parte do nicho de agendas eletrônicas. Os PDAs ainda não estão disponíveis no Brasil. A Compusource, distribuidora da Apple, é a única empresa que se dispõe a importar o Newton sob encomenda. O Simon, o EO e o Zoomer não têm previsão de chegada ao país. "Já cansei de pedir à Radio Shack para me mandar o Zoomer, mas eles dizem que não têm estoque", diz Leon Bak, da Hitec Shop, representante da companhia norte-americana no país. A saída é esperar uma viagem ao exterior e trazer o produto na bagagem, mas há impostos para produtos acima do limite de US$ 500. Texto Anterior: Gerente acerta ao incluir mais informações e menos adjetivos Próximo Texto: Recursos de comunicação são maior atrativo do PDA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |