São Paulo, terça-feira, 22 de março de 1994 |
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Nobel de economia defende bônus como solução para educação no país
FERNANDO ROSSETTI
"Como os estudantes teriam uma gama maior de opções, isso geraria concorrência entre as escolas, o que levaria a uma melhoria da qualidade de ensino que elas oferecem", disse Becker, professor na Universidade de Chicago –onde nasceu a idéia dos bônus educativos– e autor do livro "Capital Humano" –que destaca a necessidade de investimentos da sociedade neste setor, além dos investimentos em capital físico. O nobel participa do 7º Fórum da Liberdade, promovido hoje pelo Instituto de Estudos Empresariais, com o tema "Educação em crise". Para ele, o sistema dos bônus funcionaria especialmente bem em países em desenvolvimento, como o Brasil: "A classe média e alta podem escolher as escolas que vão pôr os filhos, mas os menos favorecidos, não. Com os sistemas de bônus, todos teriam possibilidade de escolher a melhor escola". Segundo o economista, esse sistema levaria à criação de "escolas particulares especiais", para atender demandas específicas –como grupos hispânicos nos EUA que quisessem um ensino diferenciado. Os bônus já são usados "em escala muito pequena" nos EUA, com famílias de baixa renda, e em alguns países do Primeiro Mundo, como Suécia e Dinamarca. Becker atribui à "tirania do status quo" –grupos que defendem interesses corporativos, como os sindicatos de professores– a dificuldade de implantar esse sistema mundialmente. O repórter viajou a convite do Instituto de Estudos Empresariais. Texto Anterior: Pais de alunos fazem protesto em Rio Preto por falta de funcionários Próximo Texto: Começa hoje primeiro turno da eleição para reitor da Unicamp Índice |
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