São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994
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Vazamento rouba 30% da água tratada em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Na região metropolitana de São Paulo, 30% da água tratada pela Sabesp, pronta para consumo, não chega à casa dos consumidores devido a vazamentos na rede de distribuição. Esses 15 metros cúbicos de água por segundo, rotineiramente desperdiçados, são suficientes para abastecer a cada dia entre 3 e 4 milhões de consumidores, de acordo com o professor titular de recursos hídricos da USP, Aldo da Cunha Rebouças.
O presidente da Sabesp, Luiz Appolonio Neto, reconhece os 30% de desperdício, mas diz que o índice se aproxima da média internacional admitida –entre 25 e 27%. Appolonio afirma que a Sabesp abrirá concorrência para que empresas privadas detectem e consertem os pontos de vazamento. Os contratos serão em caráter de risco e as empresas receberão, pelos reparos na tubulação, uma parcela de 20% da tarifa cobrada pela Sabesp –valor estimado pela vazão da rede de ditribuição consertada.
Segundo Appolonio, a região metropolitana será dividida em cinco grandes áreas. "Há interesse inclusive de empresas americanas e francesas em tomar parte nessa licitação". O edital deverá ser publicado até abril. Segundo o presidente da Sabesp, a empresa deve investir este ano US$ 20 milhões na detecção e conserto de vazamentos na rede de distribuição.
Dois sistemas de abastecimento -o da Cantareira e o de Guarapiranga– respondem por 82% da distribuição de água na região metropolitana (57 mil litros por segundo, no total). Até o ano 2010, com o crescimento da população da região (deverá ultrapassar 20 milhões), será necessário elevar para 80 mil litros por segundo captação e distribuição de água na região.

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