São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994 |
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Menina leva 2 dias para ser atendida Hospital diz que faltam médicos DA REPORTAGEM LOCAL Daniela Silva Queiroz, 11, caiu do telhado de sua casa, rompeu ligamentos no braço e machucou o rosto dia 6 último. Acompanhada da mãe, Daniela ficou da manhã até a noite dos dias 6 e 7 esperando atendimento no Hospital Geral de São Mateus (na zona leste), do governo do Estado. Apenas no dia 8 um médico examinou a menina, receitou medicamentos e engessou seu braço.Lindaura Queiroz, mãe de Daniela, disse que o caso da filha não foi considerado urgente. Como havia poucos médicos trabalhando, ela era passada para trás e só eram atendidos casos considerados graves. "Minha filha ficou dois dias com o nariz sangrando e para eles não era nada". Ontem, data marcada para o retorno, Daniela voltou às 10h ao hospital para retirar o gesso do braço. Só às 15h um médico avisou que o trabalho não poderia ser feito. "Sem justificativa", segundo a mãe. "Pedi por favor e responderam que ali não se faziam favores". Para Lindaura, até o ano passado o atendimento no hospital era bom. "Este ano, não tem gente para trabalhar e ficamos na mão de Deus", disse. A assessoria de imprensa do hospital confirmou a falta de médicos. O motivo seria o baixo salário e a localização do hospital, distante do centro da cidade e de difícil acesso. Texto Anterior: Pesquisa mostra caos na rede de saúde de SP Próximo Texto: Médicos defendem a mamografia em mulheres com menos de 50 anos Índice |
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