São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Israel faz operação militar contra militantes palestinos em Hebron

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Bombas disparadas pelo Exército israelense mataram ontem pelo menos quatro palestinos da guerrilha muçulmana Hamas, entrincheirados em um prédio de Hebron, Cijordânia ocupada.
O cerco à cidade –onde aconteceu o massacre de dezenas de palestinos na mesquita– começou à meia-noite de segunda-feira e acabou ontem. Cinco soldados israelenses ficaram feridos.
A operação do Exército foi mantida em segredo até ontem, quando o comandante do Exército de Israel, Ehud Barak, a revelou em depoimento à comissão do governo israelense que investiga o massacre de Hebron.
Sobre ordens proibindo soldados de atirar em colonos, Barak disse que houve mal-entendido. Segundo ele, a instrução serviria apenas para conflitos nos territórios ocupados. Barak afirmou que as tropas podem atirar contra um judeu que colocar vidas em risco.
Por várias vezes ele repetiu que a chacina foi obra de "um único louco", o norte-americano Baruch Goldstein. Sobreviventes disseram em depoimento que os tiros vieram de mais de uma direção.
Um dirigente da Organização para a Libertação da Palestina afirmou ontem estar próximo um acordo para patrulhas conjuntas de OLP e Israel em Hebron, além de forças internacionais.

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