São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Profecias não acabaram

FREDERICO MENGOZZI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O médico provençal Michel de Notredame, ou Nostradamus (1503-1566), morreu há mais de quatro séculos e ainda consegue inquietar as pessoas. Na raiz do temor estão as profecias que confirmou em vida –como as mortes de Henrique 2º, num torneio, e de seu filho Francisco 2º– e aquelas que os séculos seguintes atestaram –a Revolução Francesa, as guerras mundiais, etc. Para desespero de muitos, ainda existem profecias por serem cumpridas.
Nem só desastres contêm as "Centúrias Astrológicas", obra publicada em primeira edição em 1555 e logo objeto de interesse geral. Segundo os estudiosos, lá estão as leis que Kepler e Newton enunciariam mais tarde e citações, com os nomes que receberiam, sobre os planetas Urano e Netuno, que seriam descobertos respectivamente em 1781 e 1846.
Nostradamus passou a viver na casa de Salon-de-Provence em 1547, quando se casou, em segundas núpcias, com Anne Ponsard. Formado em Montpellier, exercia a medicina de dia e dedicava-se aos estudos do oculto à noite, num quarto da casa. Via então, como escreveu, "surgir coisas das quais não se pode duvidar", colocando-as em quadrinhas rimadas e herméticas, abertas a várias leituras.
Quem quiser conhecer mais intensamente o mundo de Nostradamus pode, na temporada de julho a setembro, seguir o roteiro que conduz de Saint-Rémy, a cidade natal, a Salon, a final. Nostradamus morreu em seu quarto, na casa que é hoje seu museu. Um museu deste e de outros mundos.(FMe)

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