São Paulo, sábado, 26 de março de 1994
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Inocêncio admite algum prejuízo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Quando vai para um acordo, você não pode apenas querer ganhar." A frase foi dita ontem pelo presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), ao dizer que a Câmara está disposta a aceitar algum prejuízo financeiro em nome de um acordo político que ponha fim à crise entre os três Poderes. O corte poderia atingir os salários tanto de servidores como dos deputados.
O assunto foi abordado ontem pela manhã na reunião em que os líderes partidários discutiram a crise. Houve convergência em torno da idéia de que a solução a ser adotada poderá resultar em menos salário, e isso terá que ser absorvido. Mas, como relatou o deputado Roberto Freire (PPS-PE), os líderes fazem questão de deixar claro que a conversão baseada no dia 20 não traria ganhos para o pessoal do Legislativo, apenas evitaria um prejuízo.
"Até mesmo os mais exaltados dizem que aceitariam perdas", informou o deputado José Serra (PSDB-SP), que também participou do encontro. Segundo ele, a diferença salarial de 10,9% que está no centro da controvérsia não justifica a crise. "A gravidade da crise é desproporcional ao fato e se presta a provocações", disse Serra.

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