São Paulo, sábado, 26 de março de 1994 |
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Justiça condena Roberto por plágio Erasmo também foi condenado RONI LIMA
"Estou gratificado. Foi uma vitória importante, pois estava lutando contra ídolos nacionais, com um poder econômico muito grande", disse Braga. Segundo ele, a música "O Careta", gravado por Roberto e Erasmo em 1987, é uma cópia "literal" da sua. "Estava gravada até no mesmo tom." O advogado de Roberto e Erasmo, José Roberto Costa Neto, vai recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília, alegando que houve cerceamento do direito constitucional de ampla defesa. Ele sustenta que não foi dado aos réus o direito de apresentar, para perícia, outras canções suas. A advogada de Braga, Tania Elizabeth Montanha, não vê qualquer chance de sucesso de uma apelação judicial, devido à votação unânime de desembargadores do 3 grupo de Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Rio. "Foi uma vitória belíssima. Não há como contestar, as duas músicas são iguais como uma xerox." Montanha acha difícil precisar o total da indenização, por perdas e danos, mas calcula em "pelo menos" US 2 milhões. Roberto terá também que colocar, em novos discos a serem prensados com "O Careta", o nome de Braga como autor –além de publicar informe sobre o plágio em grandes jornais do país. "O Careta", que tem letra contra o uso de drogas, foi gravada num disco de Roberto Carlos em português e outro, em espanhol. "Os dois discos venderam mais de 3 milhões de cópias", diz a advogada. Com o disco em espanhol, Roberto ganhou, em 88, o Grammy de melhor artista sul-americano. Nos EUA, o Grammy é considerado o Oscar da música. Texto Anterior: Selo Impulse traz obras-primas dos anos 60 Próximo Texto: Série prova que caipiras eram urbanos Índice |
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