São Paulo, terça-feira, 29 de março de 1994 |
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Há três anos americanos são vítimas de desastres
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O país tem sido vítima de várias catástrofes naturais nos últimos três anos. Em 1992, o furacão Andrew provocou 16 mortes e prejuízos avaliados em pelo menos US$ 500 milhões. No inverno do ano passado, no que foi chamado de "a tempestade do século", 211 pessoas morreram e milhões de habitantes da costa leste do país tiveram sua rotina interrompida por quase uma semana. No verão de 1993, a região meio-oeste dos EUA sofreu com chuvas em quantidades dez vezes superiores às da média para essa época do ano que causaram 50 mortes e prejuízos avaliados em US$ 12 bilhões. Os piores tornados da história do país em termos de números de vítimas ocorreram na década de 30. Em abril de 1936, 658 pessoas morreram nos Estados da Georgia e de Mississipi, na região sudeste. Nos últimos 20 anos, o mais grave conjunto de tornados aconteceu em abril de 1974, quando 350 pessoas morreram em dez Estados do meio-oeste, sudeste e nordeste do país, no que foi chamado de "os superventos". Se o inverno de 1994 foi um dos mais frios da história, o de 1992 foi o mais quente em 97 anos. Se o verão de 1993 foi de terríveis inundações, o de 1991 foi o mais seco do século. Por que tantas variações extremadas? Os meteorologistas não têm respostas definitivas. Mas desconfiam do fenômeno chamado "El Nino", recorrente aquecimento da superfície da água do Oceano Pacífico, em especial na costa oeste da América do Sul. (CELS) Texto Anterior: Ventos atingem velocidade de até 800 km/h Próximo Texto: México prende segundo suspeito pela morte do candidato Colosio Índice |
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