São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994
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CPI acusa 37 pessoas por irregularidades

DA AGÊNCIA FOLHA

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou supostas irregularidades no governo do Rio Grande do Sul apresentou ontem seu relatório. A CPI acusa o envolvimento de 37 pessoas e 19 empresas.
As irregularidades teriam causado prejuízo de US$ 49,3 milhões ao Estado.
A tendência, no início da noite, era de o relatório ser aprovado pelos 12 deputados da CPI. A bancada do PDT, governista, estudava a hipótese de aprovar emendas que retirassem do relatório os nomes do secretário de Obras, Jorge Debiaggi, e dos ex-secretários Cláudio Ryff Moreira e Júlio Hocsman.
Os três negaram ter participado de qualquer irregularidade. O relatório, de autoria do deputado José Otávio Germano (PPR), deve ser encaminhado para o Ministério Público.
Germano pediu a instauração de uma CPI sobre o Sistema Financeiro Estadual. O deputado disse que existem "indicativos de irregularidades" no sistema.
O relatório da CPI, instalada em outubro do ano passado, critica o comportamento do governador Alceu Collares (PDT), durante a investigação.
"O governador não soube ou não quis entender o alcance moralizador que a CPI trazia em favor da austeridade e da lisura administrativa."
Collares só deve se manifestar hoje sobre o relatório. Ontem, seu secretário de Comunicação Social, Dilamar Machado, disse em uma nota que o relatório "é uma peça medíocre, despida de qualquer fundamento jurídico e impregnada de ódio".
Um dos acusados de irregularidades é o irmão da primeira-dama Neusa Canabarro, Celestino Ignácio Elizeire Júnior. Convocado a depor na CPI, ele nada declarou.

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