São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994
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Mais sacas por hectare

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMAQUÃ (RS)

O produtor de arroz Paulo Fonseca, 44, manterá até o final de abril uma rotina iniciada no último dia 14: sai às 6h de sua casa, em Camaquã (RS), e só volta à noite. Ele passa o dia na colheita de suas três lavouras de arroz, que vão lhe dar quase 2.000 t do produto.
A produtividade obtida por Fonseca (6.000 quilos/ha) está acima da média do Rio Grande do Sul (4.500 quilos/ha), conforme o engenheiro agrícola do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Jorge Vidal de Oliveira.
Fonseca é um raro caso de produtor rural que praticamente não se queixa da sorte.
Ele é proprietário de 1.300 ha, dos quais 300 são ocupados com arroz.
Fonseca tem sete tratores, duas colheitadeiras e um caminhão. Seu maior investimento, de US$ 70 mil, há dois anos, foi a compra de um silo, para 40 mil sacas.
Contrário a um perdão da dívida do setor agrícola, ele diz que evita tomar um empréstimo sem ter quitado o anterior. Parte do que ganhar na safra que está colhendo deverá ser investido na renovação do maquinário.
O bom desempenho das lavouras de Fonseca é devido às técnicas como cultivo mínimo e plantio direto. Ele faz o preparo respectivamente no final do inverno e no verão, plantando o arroz em cima do pasto.
"Mudei ao perceber que a produtividade estava baixando com o plantio convencional." A região de Camaquã reúne 460 produtores e deve colher 4 milhões de sacas de arroz.

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