São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994
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Projeto exibe os primeiros resultados

DA SUCURSAL RIO

Um grupo de 10 costureiras produz mensalmente mil peças de roupas, entre camisetas, bermudas e calças, em Campinho, Jacarepaguá (zona oeste do Rio).
Moradores do morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul), aprendem a fabricar papel reciclado. Nas Laranjeiras (zona sul), um balcão de empregos oferece os serviços de eletricistas, mecânicos e marceneiros.
Moradores do morro da Grota, em Niterói (a 17 quilômetros do Rio) aprendem a confeccionar um boneco de brinquedo, chamado Bujica, idealizado pelo artista plástico Milton Nisti.
Esses são alguns projetos em andamento desenvolvidos por comitês da campanha contra a fome no Rio, voltados para a geração de empregos. O objetivo é enfrentar a crise no país.
Num balanço destes três meses da segunda etapa da campanha no Rio, o economista Maurício de Andrade diz que a preocupação tem sido catalogar experiências de trabalho bem-sucedidas.
Ele aponta entre as alternativas viáveis de criação de empregos as cooperativas de produção e de serviços e os grupos informais de produção.
No meio rural, Andrade -economista da Pesagro (Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária)- afirma que os esforços têm-se concentrado na distribuição e na garantia de uma produção estável de hortifrutigranjeiros.
"Só eliminaremos os intermediários quando os pequenos produtores dispuserem de um local para vender os alimentos e de caminhões para transportá-los", diz o economista.
O Movimento dos Sem-Terra, engajado na campanha contra a fome, sugeriu a instalação de uma grande central de venda na cidade, onde todos as cooperativas e grupos informais pudessem oferecer seus produtos.

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