São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994
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Superávit de Cabedelo é insuficiente para investir

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O porto de Cabedelo (PB) é superavitário, mas a arrecadação não é suficiente para a direção investir em obras e na compra de novos equipamentos. Em 93, a arrecadação mensal ficou entre US$ 280 mil e US$ 300 mil. Foi suficiente para custeio, manutenção de equipamentos e pagamento de pessoal.
Cabedelo é um porto de médio porte, administrado pela Companhia Docas de Natal (RN). Foi fundado em 1934 e é utilizado principalmente para exportação por empresas da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
"Sou favorável à privatização, para modernizar e adquirir novos equipamentos. Sairão ganhando os empregadores e empregados". Esta é a afirmação de Clodoaldo Brasilino, diretor financeiro.
Para ele, todos equipamentos já superaram o tempo de vida útil.
Entre os sindicatos, ainda não há qualquer movimentação contra. "Estamos apreensivos em relação ao nosso futuro", disse Geraldo Vieira Azevedo, presidente do Sindicato dos Conferentes.
"Não tenho nada contra privatizar, desde que nossos empregos sejam mantidos", disse Eliezer Pessoa da Silva Filho, presidente do Sindicato dos Estivadores.
Neste ano, Cabedelo deve movimentar mais de um milhão de t em cargas. Em 93, a movimentação foi recorde: 907 mil t. Todo o combustível para abastecer a Paraíba entra por Cabedelo.
O porto tem 112 empregados, que ganham em média de CR$ 100 mil a CR$ 300 mil mensais. Os trabalhadores avulsos são divididos em três categorias: arrumadores, conferentes e estivadores.

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