São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994 |
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Escola acusada de abuso sexual é depredada
MARCELO GODOY
A Base está sendo acusada de usar crianças em filmes e fotos pornográficos e de drogar e abusar sexualmente dos alunos, com idade de até 6 anos. Por volta das 22h de anteontem, um grupo de moradores da Aclimação se reuniu em frente à escola. Tentaram arrombá-la com pedaços de pau e atiraram no prédio coquéteis molotov. O segurança contratado pela Base, um soldado do 7º Batalhão da PM, telefonou para o Centro de Operações da PolÍcia Militar, que mandou um carro até a escola. O grupo se dispersou. Os policiais aconselharam seu colega a abandonar o prédio, pois ele estaria correndo risco de ser linchado. O segurança permaneceu na escola até a 1h de ontem. Nesse momento, um grupo de moradores e pais de alunos da escola voltou a se reunir em frente à Base e começou a apedrejá-la. Segundo a polícia, eles chamaram o segurança pelo interfone da escola e lhe disseram: "Sai, senão você vai morrer". O segurança telefonou de novo para a PM. Desta vez, ele saiu com os policiais, abandonando o prédio da escola. Imediatamente, os moradores entraram na escola. Derrubaram uma placa, que anunciava a abertura de matrículas, e quebraram os vidros da entrada da Base. Em seguida, arrombaram armários, quebraram prateleiras e fichários. Os invasores teriam roubado da escola uma televisão, um videocassete, um aparelho de som e uma máquina fotográfica. "Depois que a placa caiu foi uma festa. Até a PM deu cobertura para a gente quebrar tudo", disse o motorista Paulo Henrique de Lemos, 29, morador da Aclimação. No fim da madrugada, a PM deteve sete pessoas. Todas foram libertadas por falta de provas. "Já tomamos providências para que esse vandalismo não ocorra novamente", disse o delegado Edélcio Lemos, 38, responsável pela investigação. Texto Anterior: Liminar cai e prisão de Ilha Grande deve ser demolida na manhã de hoje Próximo Texto: Polícia recebe nova denúncia Índice |
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