São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994 |
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Wilder critica ética da notícia
MARCO CHIARETTI
Direção: Billy Wilder Produção: Estados Unidos, 1951; 112 min., preto-e-branco, legendado Canal: Cultura, 22h30 O diretor Billy Wilder, 87, é um dos maiores criadores de obras-primas da história do cinema. Nascido em Viena, deixou a Europa com a ascensão do nazismo e foi viver nos EUA. Fez 26 filmes. "A Montanha dos Sete Abutres" é um dos melhores. Kirk Douglas é Charles "Chuck" Tatum, um jornalista agressivo, brilhante, arrogante, sem escrúpulos, e fracassado. Chega a uma pequena cidade do Novo México e entra no jornal local disposto a qualquer coisa para recuperar seu prestígio. Fica um ano escrevendo sobre quermesse e briga de vizinho até descobrir uma grande história: um homem, Sam Minose, está preso em uma mina abandonada. Tatum fareja a manchete. A montanha, ao lado de um vilarejo índio, é tabu. Há uma maldição na montanha dos Sete Abutres. Maldição e tragédia vendem jornal. Tatum faz um acordo com o xerife e com o empreiteiro encarregado de tirar Sam do túnel. Atrasam o salvamento. Os curiosos vão chegando e montam um grande carnaval. Os dias passam e Tatum escreve cada vez mais, tem um caso com a mulher de Sam e entra cada vez mais em um beco sem saída moral, cercado por uma multidão de vendilhões. A verdade desaparece em nome da história. Texto Anterior: Couturié filma nova obsessão americana Próximo Texto: FHC sai da Fazenda e Ricupero da floresta Índice |
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