São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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'Meta não era divulgar nomes'

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário nacional de comunicações do PT, Marcus Sokol, afirmou que o partido não organizou comícios para divulgar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
"Temos tido o maior cuidado em não fornecer argumentos a nossos adversários", disse Sokol.
Ele também afirmou que o PT não determinou a elaboração de outdoors do deputado José Dirceu, pré-candidato do partido ao governo do Estado de São Paulo.
Os outdoors foram distribuídos na época do aniversário de Dirceu e dizem "Parabés por sua luta contra a corrupção".
A assessoria do pré-candidato Barros Munhoz (PMDB) diz que a distribuição de outdoors não foi iniciativa do pré-candidato.
Eles foram pagos por pessoas que queriam elogiar o deputado Barros Munhoz pelo trabalho relizado no Ministério da Agricultura, informou a assessoria.
Os outdoors agradecem Munhoz pela safra agrícola deste ano.
Pintura
O deputado estadual Afanásio Jazadji afirma que não sabe sequer se será candidato. Ele sustenta que não fixou um outdoor, mas sim uma placa com a pintura de seu rosto em frente a seu local de trabalho.
"Não há qualquer referência política na placa. Ela tem apenas a função de orientar as pessoas que me procuram, muitas delas analfabetas", diz Jazadji.
Procurado pela Folha, o ex-governador Orestes Quércia não foi localizado em sua residência na quinta e sexta-feira. Em seu comitê eleitoral, não houve expediente nos dois dias.
O ex-deputado Felipe Cheidde, que perdeu seu mandato de deputado federal por excesso de faltas há mais de cinco anos, afirma que não desrespeitou a lei.
"Os outdoors não têm qualquer finalidade política e não fazem referência à minha candidatura", afirma.
O ex-deputado sustenta que os outdoors falam da "injustiça" que sofreu quando perdeu o mandato.

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