São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Dança de índices

DEMIAN FIOCCA

A variedade, aplicabilidade e relevância dos tantos índices de preços que povoam a economia brasileira justificam que se detenha por um momento as especulações e se exponha o que há de concreto.
Os diferentes índices de preço utilizam amostras e metodologias distintas, que, por si só, não permitem qualificá-los como melhores ou piores.
O que realmente importa é a quantidade de contratos, preços e fatos econômicos, de modo geral, que cada um dos índices afeta.
Com a utilização da URV para corrigir os salários, o câmbio e cada vez mais contratos e preços, é evidente que o IGP-M, o IPC-Fipe e o IPCA-E, cuja média forma a URV, passaram a ser os índices mais relevantes.
O IGP-M é um índice misto, que mede a variação de preços no atacado e ao consumidor, coletados até o dia 22 ou 23 de cada mês.
O IPC-Fipe afere a variação dos preços ao consumidor de uma semana em relação àqueles de quatro semanas atrás, para rendimentos de até oito salários mínimos. E para o cálculo da URV, é utilizado o IPC-Fipe da terceira quadrissemana do mês.
Por fim, o IPCA-E é um índice ao consumidor cujos preços são coletados até o dia 15 e abrange um universo de consumo de até 40 mínimos.

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