São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Executivo investe em cultura

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Romances policiais, como os de Dashiel Hammet, autor de "O Falcão Maltês", já não são vistos como mera diversão. Altos executivos hoje encaram os livros de ficção, biografias, compêndios de história e estratégias de guerra –além de economia e administração– como preparo para assumir a batuta das empresas.
"Quando o profissional alcança o nível de alta gerência e diretoria, sua capacidade técnica é menos exigida", diz o consultor João Bosco Lodi, 58. "Os conhecimentos humanísticos e culturais tornam-se mais importantes."
Há 15 anos, Lodi se transformou numa espécie de tutor de executivos que almejam chegar ao topo da pirâmide. Sua missão, em geral, é adequar os profissionais ao perfil generalista exigido pela moderna administração.
Para isso, Lodi propõe uma sequência de tarefas, entre as quais as leituras, que servem para aprofundar conhecimentos, estimular a imaginação e aguçar a capacidade de traçar um plano estratégico.
Mas há outras orientações: participar de estágios em várias áreas da empresa, visitar feiras e até aproveitar as viagens de negócios para fazer passeios culturais.
"É possível chegar a um equilíbrio emocional ao mergulhar num trabalho como esse", diz Fernando Suzigan, 33, diretor-presidente da empresa Fitas Progresso e um dos clientes de Lodi. (DCM)

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