São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Israel faz homenagem a salvadores da guerra
FERNANDO CANZIAN
Eles serão apresentados nesta quarta-feira durante o Yom Hashoa, dia em que o povo judeu lembra mundialmente as vítimas do Holocausto. Enquanto Schindler ganhou fama nas telas do cinema por ter salvo 1.100 judeus poloneses, outros personagens, japoneses, suíços e holandeses, continuam desconhecidos do grande público. Mesmo tendo salvo milhares de vidas a mais que o herói de Spielberg. Sempo Sugihara, por exemplo, era um diplomata japonês na Lituânia em 1940 e conseguiu, contrariando ordens superiores, vistos de trânsito que tiraram mais de 6.000 judeus da Europa durante a guerra. Muitos deles foram acolhidos por Sugihara no próprio consulado na cidade de Kaunus. Um dos que mais salvou vidas foi o diplomata sueco Raoul Wallenberg. Sediado em Budapeste, emitiu milhares de passaportes para judeus húngaros e persuadiu os nazistas a cancelarem planos de extermínio de 70 mil judeus que viviam em um gueto na cidade. Raoul Wallenberg foi preso pelo exército russo em 1945 sob a acusação de espionagem e nunca mais foi visto. O capitão holandês John Henry Weidner, que estava em Paris quando os alemães invadiram a Holanda em 1940, chegou a estabelecer duas redes para tirar judeus do alcance nazista. Uma fazia a conexão Holanda-Bélgica-França-Espanha, e a segunda, França-Suíça. Weidner foi capturado e torturado duas vezes pelos nazistas e acabou fugindo nas duas ocasiões. Aos 82 anos, vive hoje em Monterey Park, na Califórnia. Texto Anterior: Palestinos treinam 'mártires' na faixa de Gaza Próximo Texto: Militante invade missa de Páscoa de Clinton Índice |
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