São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994
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Provas são falsas, diz Castor

DA SUCURSAL DO RIO

O banqueiro do bicho Castor de Andrade já tem sua tese de defesa: tudo que a promotoria diz ter sido encontrado em seus escritórios foi colocado lá pelos promotores no dia do flagrante.
A alegação do flagrante forjado foi adiantada ontem à Folha por Wilson Lopes dos Santos, um dos advogados do bicheiro, que está escondido, segundo Santos, "no interior do Estado".
O advogado disse que Castor está "revoltado" com o que classifica de "perseguição pessoal" movida contra ele pelo procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Antônio Carlos Biscaia.
Santos afirmou que os disquetes, armas e livros contábeis de propinas teriam sido colocados nos escritórios do bicheiro a mando de Biscaia. "Ele mesmo (Biscaia) confessou que vem tentando provar o envolvimento de Castor com tráfico há anos".
Castor, segundo Santos, se apresentará assim que for chamado pela Justiça. Santos afirmou ter ido ao escritório principal de Castor na tarde do flagrante. "Acompanhei o final da diligência e digo que nada daquilo estava lá."
Santos disse que o médico de Castor, Nelson Senise, está "preocupado" com o estado de saúde do contraventor.

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