São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994
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Abertura dos cofres é demorada

DA SUCURSAL DO RIO

A abertura dos quatro cofres do bicheiro Castor de Andrade demorou mais de meia hora. Dois cofres concentravam os 17 livros-caixa.
Nos outros dois havia uma pistola Glock 45 e uma promissória em nome de João Paulo Friaça da Silva. Um funcionário especializado da empresa Besouro teve que abrir dois cofres com uma furadeira. Ele fez escuta nos outros dois cofres e descobriu o segredo.
Os livros tinham toda a movimentação financeira dos escritórios, com nomes que recebiam dinheiro dos bicheiros. As listas não indicavam se as propinas eram em cruzeiros reais ou dólares, disse o promotor Antônio José Campos.
Campos afirmou ainda que as anotações abrangem um período extenso, desde 1977 e 78 até o ano de 93. Os livros indicam quantias fixas recebidas por delegados e policiais, e trazem até anotações sobre mudanças de delegados.
O presidente da OAB-Rio, Sérgio Zveiter, acompanhou a abertura dos cofres e disse que "se as investigações comprovaram tudo o que está ali, eu duvido que ainda tenha polícia no Rio".

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