São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994 |
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O mestre genuíno só sabe libertar
PAULO COELHO
Pensando nisto, muitas pessoas passam a vida inteira se preparando para tal encontro. Quando cruzam com o mestre, se entregam completamente –por dias, meses, ou anos. Mas terminam descobrindo que o mestre não é o ser perfeito que imaginaram –mas um homem igual a todos, cuja única função é dividir aquilo que aprendeu. Ao ver-se diante de uma pessoa com seus defeitos próprios, o discípulo sente-se roubado. Vem o desespero e o desejo de abandonar a busca –quando, na verdade, é assim que a coisa funciona, é isto que nos deixa livres para criarmos nosso próprio caminho. Edenilton Lampião deu uma versão muito melhor para o tal ditado mágico: quando o discípulo está pronto, o mestre desaparece. Texto Anterior: Protas mantém viva obra da coreógrafa Próximo Texto: Historiador relaciona cinema e história Índice |
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