São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Simples lições vindas da Índia

ZECA CAMARGO

Claro que, com um alfabeto como o que eles usam, os indianos já saem ganhando no que diz respeito à linguagem gráfica.
Mas nessa tendência (muito positiva) de desrespeito à estética "chiquizinha" dos anos 80, as embalagens, pôsters e outros materiais impressos com essa origem levam larga vantagem sobre qualquer produção ocidental
De caixas de fósforos a latas de óleo e das capas de fitas cassete aos cartazes de filmes, os indianos têm hoje uma das mais ricas linguagens visuais
Com qualidade de impressão primária e traços que fazem lembrar (com bastante saudades) o antigo Desenho copy (caderno com figuras que podiam ser copiadas para trabalhos escolares), essas peças indianas são atualmente uma forte fonte de inspiração.
Nelas, existe uma espontânea mistura do pior dos grafismos ocidentais com o barroco inconsequente do desenho local –algo não muito fácil de você conseguir ficando horas em cima de uma prancheta.

Texto Anterior: Adoráveis aberrações
Próximo Texto: Protas mantém viva obra da coreógrafa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.