São Paulo, quarta-feira, 6 de abril de 1994
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Richard Burton visitou a fazenda em 1867

RICHARD BURTON

Jaguara, em outros dias, causou muita sensação na Província e darei, a seguir, algumas informações a respeito do "extinto vínculo".
Há meio século, um certo coronel Antônio de Abreu Guimarães ajuntou grande fortuna com 750 escravos e com o esquecimento de pagar ao governo impostos devidos sobre a exportação de diamantes procedentes de Diamantina e outros lugares. Tinha uma propriedade enorme, de 36 léguas quadradas* que, mais tarde, foi dividida em sete grandes fazendas. A primeira era Jaguara.
O velho contrabandista, que também arrecadara, com sucesso excepcional, os ruinosos dízimos reais, partiu para Lisboa, arrependeu-se de seus pecados e teve ordem de seu confessor de construir uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição; além do mais, como penitência, deveria vincular a maior parte de suas enormes propriedades a ordens religiosas (...)
As casas (da fazenda) estão em más condições (...). A única parte toleravelmente bem conservada era um prédio separado, a Casa da Junta (...); a igrejinha fora reparada recentemente, mas seus fiéis eram constituídos principalmente pelo sanharó, uma espécie de vespa muito brava (...).

* Equivalente a 1.568 km2 ou 203.000 campos de futebol iguais ao do Maracanã

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